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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

TEOLOGIA DA PROSPERIDADE: GRAÇA OU COMÉRCIO



Na palavra do Senhor, apresentada no Antigo Testamento encontramos inúmeras referências, onde o Senhor prosperava espiritualmente os que o temiam e lhes eram fieis. Também lhes concedia muitas bênçãos e prosperidades materiais, como recompensa pela fidelidade à sua palavra.
Porém, no Novo Testamento do Senhor Jesus, não encontramos mais a promessa de prosperidades materiais, para os que lhes são fieis e buscam a salvação em Cristo.
E a lógica é óbvia, o Senhor Jesus Cristo derramou o seu sangue em sacrifício vivo para remissão dos nossos pecados para alcançarmos a salvação, e nesse caso, as prosperidades materiaistornaram-se coisas insignificantes, pequenas e vãs diante da grandeza de Deus em nos proporcionar a oferta da vida eterna, pois, agora temos uma melhor e mais confortável esperança em Jesus Cristo, encontramos a vida, pela sua morte na cruz. Algo infinitamente superior a todos os bens materiais deste mundo.
Mas alguém poderá refutar, porque no livro de Malaquias 3.10, disse o Senhor: Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança.
Este versículo é o argumento mais usado pelos pregadores, mas o que muitos não conseguem visualizar pelos olhos espirituais, é a grande divisão que há na palavra de Deus, chamada a.C. (antes de Cristo) e d.C. (depois de Cristo), e Jesus disse: Um Novo Mandamento vos dou. E se não fosse pela misericórdia do Senhor Jesus em nos ofertar um um Novo Testamento pelo seu próprio sangue, até hoje, estaríamos vivendo pela lei, conseqüentemente, mortos na maldição do pecado. E a ordenança para se levar o dízimo à casa do tesouro faz parte de outro mandamento (a.C.), o qual foi sucumbido pela aspersão do sangue do Senhor Jesus Cristo na cruz do Calvário.
Mas a TEOLOGIA DA PROSPERIDADE revoluciona isso prometendo prosperidade, bem estar e erradicação da pobreza, porque a inferioridade, segundo o EVANGELHO DA PROSPERIDADE significa falta de fé, algo que desqualifica o sacrifício do Senhor Jesus Cristo para a remissão do pecado e a salvação da vida eterna.
Segundo os pregadores da TEOLOGIA DA PROSPERIDADE, Jesus veio ao mundo pregar o Evangelho aos pobres justamente para que deixassem de ser pobres. Mas de onde surgiu esse evangelho mentiroso que hoje é predominante na maioria das igrejas, que desvirtua a fé, e afirmam que temos que buscar a felicidade e bens materiais em Deus a qualquer custo?
A palavra de Deus, à luz do Evangelho diz: Quem deu primeiro a Ele para que fosse recompensado? Não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos as humildes (Romanos 11.33 e 12.16).
Nada trouxemos para este mundo e nada podemos levar dele, mas tendo sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e traspassaram a si mesmos com muitas dores (I Timóteo 6.7-10).


A teoria evocada no EVANGELHO DA PROSPERIDADE propaga que o crente sendo fiel nos dízimos e ofertas, tem o direito perante a Deus em viver uma vida regada de mordomia, com bom emprego, moradia de alto padrão, carros novos, imune as enfermidades, resguardado aos desajustes sociais e familiar, enfim, viver o paraíso aqui na terra mesmo, confrontando a palavra do Senhor Jesus o qual declarou: No mundo tereis aflições (João 16.33).
A palavra de Jesus afirma que enquanto estivermos no mundo vamos ter provações, mas vamos também receber a sua Graça e abundância de paz, o que é de uma grandiosidade incomparável a toda riqueza deste mundo. Mas a grande recompensa pela fidelidade aos mandamentos do Senhor, só virá na eternidade. O Senhor reservou para os seus uma cidade edificada toda em ouro, onde não haverá mais morte, nem pranto, nem dor, nem clamor porque as primeiras coisas já se passaram.
Essa modernidade no meio evangélico chamada TEOLÔGIA DA PROSPERIDADE é um equívoco, um terrorismo herético na palavra de Deus, pois induz o coração do homem a renunciar os conselhos de Deus, e a vislumbrar apenas a cobiça e avareza pelos bens desta vida. Exemplo que vem dos pastores de algumas igrejas, os quais amontoam para si riquezas, e dizem que é benção de Deus. E o resultado disso são os escândalos e o descrédito aos verdadeiros evangélicos compromissados com Deus na pregação do Evangelho do Senhor Jesus Cristo.
No entanto, a palavra de Deus mostra a verdadeira face do Evangelho na vida de Cristo e dos apóstolos, citada nas escrituras que apresentam situações de extrema privação e renúncia aos bens materiais, mas com abundância no amor, nas boas obras e na obediência a vontade de Deus.
Hoje, criaram cursos especialmente direcionados a capacitação de pastores para fazer abarrotar as igrejas, usando métodos que fogem do princípio bíblico, por isso as pregações sobre a prosperidade têm crescido assustadoramente a cada dia nas igrejas evangélicas, substituindo o Evangelho da graça pela doutrina da avareza.
No momento em que a corrupção assola a humanidade, os homens de Deus, que têm o compromisso de levar a paz e a esperança aos oprimidos, ao menos teoricamente deveriam estar invólucros numa blindagem completa dessa desmoralização, mas acabam maculando a pureza do Evangelho e do sacrifício do Senhor Jesus Cristo.
Porque no princípio da igreja primitiva, as coisas não aconteciam assim, a palavra de Deus narrada no livro de Atos e demais escrituras, cita que os Apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, com grande poder, e em todos eles havia abundante graça.
Todos os que criam, estavam juntos e tinham tudo em comum, e não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido e o depositavam aos apóstolos. E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha. E isso, faziam todos, voluntariamente.
E desde a antiguidade, os homens compromissados com Deus, não se envolviam nessa imoralidade generalizada que ocorre hoje, um exemplo clássico disso foi relatado no capítulo 5 de II Reis, ocasião em que o general Naamã sendo agraciado pela cura da lepra, ofertou a Eliseu, profeta de Deus, grande valor de bens materiais, mas esse recusou, apesar da insistência de Naamã com ele para que a tomasse, mas ele não aceitou.
Porem, Geazi, servo do profeta Eliseu, correu atrás de Naamã, e tomou os bens que o seu senhor havia recusado. E como recompensa pela corrupção herdou a lepra que estava em Naamã.
O capítulo 8 do livro de Atos descreve caso assemelhado ocorrido com os apóstolos Pedro e João quando estavam em Samaria os quais, oravam para os novos convertidos e lhes impunham as mãos, e recebiam o Espírito Santo.
E Simão, que também era novo convertido, lhes ofereceu dinheiro, para receber o mesmo poder do Espírito Santo que fora dado aos apóstolos, porem, Pedro disse-lhe: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro. Tu não tens parte nem sorte nesta palavra, porque o teu coração não é reto diante de Deus.
Em ambos os casos houve oferta de dinheiro e bens materiais em recompensa pela graça, mas os homens santos de Deus, recusaram, deixando em si mesmo o exemplo para que nós os imitássemos. Porém, nos dias de hoje, a maioria dos pregadores pedem dinheiro aos seus seguidores, comercializam a graça e o sacrifício do Senhor Jesus, sob promessa de prosperidades materiais, cuidando que o dom de Deus se alcança por dinheiro. Isso é doutrina de homem, que vai na contra mão do Evangelho do Senhor Jesus, o qual advertiu dizendo: Não ajunteis tesouros na terra, mas ajuntai tesouros no céu, porque onde estiver o seu tesouro, aí estará também o seu coração.
Jesus ainda declarou que não tinha lugar pra reclinar a cabeça, e aconselhou o mancebo rico a vender todos os bens e doar aos pobres para receber um tesouro no céu. E alertou que, aquele que não renunciar tudo o que tem, não serve para ser seu discípulo, porque mais bem-aventurada coisa é dar do que receber.
E no capítulo 6 da primeira carta a Timóteo, vem a sustentação da palavra de Deus, que protesta: Se alguém ensina alguma outra doutrina que não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com a doutrina que é segundo a piedade, é soberbo e nada sabe.
E os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e traspassaram a si mesmos com muitas dores.
Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas e segue a justiça, a piedade, a fé, a caridade, e toma posse da vida eterna, e manda aos ricos deste mundo que não sejam orgulhosos, que façam o bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente; que entesourem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna.
Outro exemplo notório, está contido no capítulo 3 de Atos, ocasião em que Pedro e João subiam ao templo à hora da oração, e era trazido um varão que desde o ventre de sua mãe era coxo, o qual todos os dias o punham à porta do templo chamado Formosa, para pedir esmola aos que entravam.
Ele, vendo Pedro e João, que iam entrando no templo, pediu que lhe dessem uma esmola, e Pedro, fitando os olhos nele, disse-lhe: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda. E, saltando ele, pôs-se em pé, e andou, e entrou com eles no templo, andando, e saltando, e louvando a Deus.
Observem que os homens designados por Deus, não possuíam bens materiais, porque o Senhor Jesus havia lhes ordenado que nada levassem pelo caminho (Mateus 10.6-11), entretanto, eram cheios das virtudes do Espírito Santo. Ao contrário do que ocorre hoje, muitos pregadores, se depararem com uma situação dessa, vão ter que dar alguma esmola ao pedinte porque a maioria deles só possuem a riqueza material, porque esse é o objetivo desejado.
E o perigo constante, satanás tem exaltado o seu reino no púlpito das igrejas e muito ainda dizem o amém! A palavra adverte que devemos examinar com cuidado se o espírito manifestante é de Deus, porque satanás se transfigura em anjo de luz e engana até os escolhidos.
Na carta aos Romanos 16.17, 18, a palavra de Deus diz: Rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles, porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e, com suaves palavras, enganam o coração dos simples.
E no Evangelho de Mateus 10.16, disse Jesus: Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede simples como as pombas, mas prudentes como as serpentes.
Portanto amados, lembrem-se da palavra do Senhor Jesus Cristo, o qual sempre pregou o amor ao próximo, e sejam de um coração simples, humilde, misericordioso, mas prudente como a serpente, e não se deixem levar por palavras suaves, as quais têm na verdade, alguma aparência de sabedoria, mas não são de valor algum, senão para a satisfação da carne.
AS RIQUEZAS SÃO VAIDADE E AFLIÇÃO DE ESPÍRITO
No livro dos Eclesiastes ou Pregador, capítulo 2.1-11, há uma narrativa do rei Salomão sobre a sua vida regada de bens e encanto, fala também da sua frustração e constrangimento, pois, ao fim da jornada, ele teve o dissabor de provar que tudo não passava de vaidade e aflição de Espírito.
O Rei Salomão, filho de Davi, teve um reinado glorioso sobre Israel, porque Deus havia lhe concedido mais sabedoria do que a todos os homens. Deu-lhe também poder e riqueza como a nenhum outro homem sobre a terra. Diante de tanto privilégio vindo de Deus, ao fim de tudo, Salomão chegou à triste e verdadeira conclusão que apesar da sua imensurável riqueza, sabedoria e deleite sobre o que de melhor o mundo podia lhe oferecer, isso não fora suficiente para produzir fruto digno de alegria para saciar a sua alma. Tudo não passou de vaidade e aflição de espírito. Clamorosamente lamentou Salomão dizendo:
Amontoei para mim prata, e ouro, e jóias dos reis da terra, engrandeci-me e aumentei mais do que todos os que houveram antes de mim, em Jerusalém; perseverou também comigo a minha sabedoria, nem privei o meu coração de alegria alguma; e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito; e que proveito nenhum havia debaixo do sol.
Apesar do poderio social, econômico e sabedoria do rei Salomão, hoje somos muito mais próspero do que ele. Não no ouro, ou na prata ou na sapiência humana, mas somos fartos pela consolação do Espírito Santo, pela grandeza da Graça do Senhor Jesus que há em nós, pela aspersão do seu precioso sangue, e a oferta da vida eterna.
Salomão lamentou porque não pode ceifar o fruto da sua prosperidade, ele possuía abundância de todos os bens que se possa imaginar sobre a terra, mas faltava-lhe o mais importante de tudo, faltava-lhe a Graça do Senhor Jesus. Não havia consistência na sua prosperidade, a sua alma era vazia porque lhe faltava o essencial, havia ausência do Espírito Santo de Deus na sua vida, pela desobediência a palavra do Senhor.
E nessa incoerência, muitos irmãos estão buscando aquilo que Salomão, com clamor, afirmou que era e continua sendo, vaidade e aflição de espírito. Estão abandonando a Graça pela busca desesperada à prosperidade material, isso é profundamente lastimável.
Nós não temos ouro nem prata, mas possuímos as virtudes do Espírito Santo de Deus. Recebemos a grandiosidade da Graça do Senhor Jesus, e isso nos basta. O Espírito Santo nos alegra e nos fortalece mesmo nos momentos de turbulência, porque o Senhor é conosco. Socorro bem presente na angústia, não deixa desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão (Salmos 37.5).
Para a sua reflexão: Bem-aventurados os vossos olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem. Porque em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes e não o viram, e ouvir o que vós ouvis, e não o ouviram (Mateus 13.16-17).



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autor: www.cristoeaverdade.net

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