Seja nosso seguidor, participe!!!

domingo, 29 de julho de 2012

Salvação... Dom gratuito de Deus para o Homem!







Salvação


James B. Currie, Japão.


Se o pecado não tivesse contaminado o universo perfeito de Deus, e aparentemente o fez duas vezes, a salvação nunca teria sido necessária. A primeira ocorrência de pecado foi na revolta angelical relatada em Isaías 14, quando Lúcifer quis conquistar, ilegalmente, o que o trono divino representava. É no contexto deste acontecimento importante que Apocalipse 12 deve ser interpretado. A linguagem metafórica do capítulo descreve como Satanás, chamado ―o dragão‖, levou com ―sua cauda‖ a terça parte dos seres celestes para seus propósitos malignos. A resposta de Deus a esta insurgência foi precipitar, imediatamente, os participantes para um estado onde estão presos em ―cadeias da escuridão‖, esperando o juízo futuro, sem qualquer esperança de salvação.
Em contraste com a decisão imutável, em relação à iniquidade de ―Satanás e seus anjos‖, temos a revelação da infinita misericórdia de Deus para com o homem quando, pela sua desobediência, o pecado invadiu o seu domínio. Apesar de Adão e Eva terem, voluntariamente, escolhido um caminho de rebelião, naquela mesma ocasião Deus deu evidências claras do Seu propósito para a restauração das Suas criaturas pecadoras. Este processo, mencionado pela primeira vez no jardim do Éden, e que permeia todas as Escrituras, é chamado, ―salvação‖. Enquanto os transgressores angelicais estão reservados para o fogo eterno preparado para eles (Mt 25:41), a transbordante benevolência de Deus (Tt 3:3-5) decretou um caminho pelo qual o homem pode ser reconciliado com seu Criador e resgatado das consequências terríveis do pecado. Logo vemos que a salvação, nos seus muitos aspectos, tem a ver com o pecado e o livramento das suas consequências.
A palavra ―salvação‖ aparece na versão AV em inglês 163 vezes (118 vezes no VT e 45 vezes no NT). Este fato em si prova como este assunto é tão difundido na Palavra de Deus. Em ambos os Testamentos a palavra significa a mesma coisa: resgate, libertação, segurança e perseverança. Sem dúvida, é a mais compreensiva doutrina das Escrituras da Verdade. Este assunto reúne todos os principais temas da Bíblia, dando uma revelação extensiva da obra salvadora de Deus em prol da Sua criação pecadora e perdida. A primeira e a última menção da palavra nas Escrituras são significantes. Jacó, em Gênesis 49:18, diz: ―a tua salvação espero, ó Senhor‖. Sua afirmação é feita no contexto do comportamento traiçoeiro de Dã. Lembrando que, no começo, o Maligno assumiu a forma de uma serpente e que foi ele mesmo que inspirou o mau comportamento de Dã, especialmente como é enfatizado no livro de Juízes, Jacó mostra plena confiança na consumação final da salvação. A última menção da palavra é em Apocalipse 19:1. A confiança de Jacó não foi mal colocada. O pecado já foi tratado e as últimas etapas angustiosas da ira do Deus Todo Poderoso estão prestes a cair, quando a ―salvação‖ com sua resultante ―glória, e honra, e poder‖ é atribuída ―ao Senhor nosso Deus‖. Assim, este grande assunto de salvação pode ser chamado ―a pedra angular‖ de todo o ensino bíblico.
Para que possamos considerar o assunto geral da salvação de uma maneira sistemática, seguiremos o seguinte esboço:
1. Descobrindo a origem
a) As possibilidades limitadas
b) A importância singular
c) A doutrina inflexível
2. Definindo o propósito
a) O significado admirável
b) A base justa
c) A motivação divina
3. Descrevendo a obra
a) O meio misericordioso
b) O alcance universal
c) Os termos incondicionais
4. Detalhando os resultados
a) A provisão maravilhosa
b) As exigências rigorosas
c) A consumação gloriosa
1. Descobrindo a origem
a) As possibilidades limitadas
A nossa primeira consideração precisa ser sobre a origem da salvação. Visto que o Diabo e os espíritos maus associados com ele, por causa do seu caráter pernicioso, estão empenhados na destruição de tudo o que é bom e santo, eles estão imediatamente fora de qualquer consideração quanto à origem desta grande obra. Como é também evidente que a libertação do homem das consequências do pecado não pode ser acidental, as opções são claras. Se esta condição tão feliz pode ser experimentada, então o próprio homem, ou Deus, ou uma associação de ambos, precisa ser o responsável por ela. Em desacordo com a opinião mal orientada de muitos, é contrário tanto à história como à experiência pessoal afirmar que o homem pode salvar-se a si mesmo. Paulo, falando da escolha feita por Deus, a chama de ―a eleição da graça‖, e continua dizendo: ―se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça. Se, porém, é pelas obras, já não é mais graça; de outra maneira a obra já não é obra‖ (Rm 11:5-6). Na sua carta a Tito, ele também afirma: ―não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou‖ (Tt 3:5). Os escritores do Velho Testamento concordam com isto. Veja, por exemplo, Isaías 64:6: ―Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia, e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam‖. Não há nenhum versículo nas Escrituras que, lido no seu contexto, pode ser usado para provar que a libertação do homem pode ser efetuada pelo seu próprio esforço. Também, a obra da salvação não pode ser considerada como um esforço corporativo, efetuado em parte por Deus e em parte pelos homens. Aos olhos de um Deus santo o estado do homem é tão ruim que somente o poder divino é capaz de efetuar a sua salvação. Como as palavras de Romanos 11 (citadas acima) dizem, o bem estar espiritual do homem precisa ser inteiramente da graça, ou inteiramente de obras. Não pode ser uma combinação de ambos. Do ventre do grande peixe Jonas clamou: ―Do Senhor vem a salvação‖ (2:9). Aqueles que seguem nas pegadas do profeta podem dizer com J. M. Gray:
Abandonando a vanglória, humilho meu orgulho; Sou só um pecador salvo pela graça. (tradução literal)
Não podemos nem pensar em alguém a não ser Deus como sendo a origem, a fonte e o consumador final da salvação, e de todos os seus resultados.
b) A importância singular
O autor da carta aos Hebreus escreve de ―tão grande salvação‖ (2:3). Tal é a grandeza desta obra Divina que a participação intrínseca de todas as três Pessoas da Divindade é especificamente mencionada na Palavra de Deus. A mesma epístola aos Hebreus, em
9:14, liga a participação singular do Pai, do Filho e do Espírito Santo na realização desta obra maravilhosa. O Senhor Jesus ofereceu-se a Si mesmo a Deus e operou com todo o poder do ―Espírito eterno‖, uma referência ao Espírito Santo. O sacrifício do Senhor Jesus para satisfazer as justas exigências do trono de Deus foi proposto na eternidade passada, e naquele plano e no seu cumprimento o Espírito Santo estava incluído com todo o Seu imenso poder. A salvação da qual falamos foi proposta pelo Pai, providenciada pelo Filho e é perfeita pelo poder do Espírito Santo. O que o Senhor Jesus conseguiu quando ―Se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus‖ foi a vindicação da santidade de Deus. No mesmo tempo Ele lançou a base pela qual Deus podia, em harmonia com Seu caráter justo, proclamar: ―Livra-o [a humanidade], para que não desça à cova; já achei resgate‖ (Jó 33:24).
c) A doutrina inflexível
Em Atos 4, quando o sumo sacerdote e muitos do seu grupo estavam reunidos em Jerusalém para interrogar Pedro e os outros apóstolos sobre a cura do homem paralítico, Pedro testificou, categoricamente, sobre o fato que o homem fora curado ―em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos‖ (v. 10). Em relação àquele Nome, ele também declarou: ―E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos‖ (v. 12). Com este testemunho inflexível todos os outros escritores do Novo Testamento concordam, e o fazem de maneiras diferentes. Num contexto completamente diferente, ao enfatizar o fato que Deus, quanto ao Seu Ser essencial, é Um só, Paulo escreveu ―… Deus nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade. Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem, o qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos‖ (I Tm 2:3-6). Mas não precisamos ir além da palavra do próprio Senhor Jesus para confirmar este fato. Ele mesmo disse: ―Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim‖ (Jo 14:6). Somente alguém sofrendo de um falso sentimento de grandeza faria tal reivindicação se ela não fosse verdadeira, mas o que os quase 40 autores dos vários livros da Bíblia fazem é confirmar esta reivindicação, de várias maneiras, e o fazem sem uma única voz discordante.
Pelo que a Bíblia ensina deparamos com os seguintes fatos:
i) A salvação é exclusivamente a obra de Deus em prol de homens pecadores.
ii) Tal é a grandeza envolvida nesta obra que o Deus Triúno está interessado em cada um dos seus aspectos.
iii) O único meio de Deus suprir tal salvação é o dom de Seu Filho, preordenado para ―dar a Sua vida em resgate de muitos‖ (Mt 20:28).
2. Definindo o propósito
a) O significado admirável
Dizer que a salvação foi planejada pelo Pai, providenciada pelo Senhor Jesus e aperfeiçoada pelo Espírito Santo é, talvez, limitar demais as respectivas atividades das Pessoas da Divindade para providenciar a salvação. No entanto, sem dúvida alguma, todas as três Pessoas da Trindade são participantes integrais no seu começo e sua consumação. Sendo tal participação uma realidade, o desejo de procurar entender o significado básico da salvação é não somente importante, mas muito importante, para todos que querem conhecer a mente de Deus em relação a ela.
Nos tempos do Velho Testamento a palavra tinha um pano de fundo interessante. Veio de uma raiz que significa ―largo ou espaçoso‖, em contraste com aquilo que é
―estreito ou apertado‖. Imediatamente pensamos em liberdade, emancipação e proteção. É usada neste sentido em contextos espirituais e físicos. Quando Zacarias, cheio do Espírito Santo, falou da ―salvação poderosa que o Deus de Israel levantou‖, ele falava claramente da libertação física dos inimigos de Israel (Lc 1:68-71). Quando Pedro clamou: ―Senhor, salva-me!‖ (Mt 14:30), ele queria ser salvo do perigo de se afogar. Contudo, na grande maioria das ocasiões em que a palavra é usada, ela fala da salvação da alma da perdição eterna, culminando na preservação eterna e no bem estar de todos aqueles que são participantes das suas bênçãos. Este significado espiritual indica o processo divino pelo qual homens pecadores são libertos das terríveis consequências do seu pecado e feitos idôneos para serem filhos de Deus e herdeiros do Seu reino.
Este processo é sem dúvida alguma em relação ao homem, ocorre na Terra e contém fundamentalmente consequências eternas. Mas as palavras usadas em conjunto com a palavra ―salvação‖, ou com outras intimamente relacionadas, mostram como seu significado abrange muito mais. Em primeiro lugar, a obra da salvação, quanto ao indivíduo, certamente traz libertação da penalidade do pecado, mas isto é iniciado pela graça de Deus. Quando Paulo escreveu: ―Tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna‖ (II Tm 2:10), ele estava se referindo aos indivíduos que seriam salvos através do seu ministério, porque eram os escolhidos de Deus. O apóstolo escreveu ainda mais apoiando este ponto de vista: ―Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele, em amor‖ (Ef 1:4). Pedro também concorda com Paulo quando ele escreve aos estrangeiros espalhados na Ásia, e os descreve como ―eleitos segundo a presciência [onisciência infalível] de Deus Pai‖ (I Pe 1:2). Os ―eleitos‖ são aqueles que são escolhidos por Deus para a salvação. O recebimento desta salvação é efetuado pelo chamado do Evangelho, ao qual o indivíduo interessado responde livremente. Sem dúvida, o primeiro passo nesta ―resposta ao chamado do Evangelho‖ é a convicção do pecado que, de acordo com as palavras do Senhor Jesus, é obra unicamente do Espírito Santo: ―E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo‖ (Jo 16:8). Para que esta imensa obra da salvação possa ser efetuada em uma alma, esta convicção do pecado é absolutamente essencial. Aceitar o fato que Deus é verdadeiro, mesmo se todo homem é mentiroso, e reconhecer que eu, como indivíduo, sou réu condenado perante o tribunal de Deus, é uma convicção que não deve ser renegada ou futuramente abandonada. Num contexto um pouco diferente, Paulo escreveu: ―Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende‖ (II Co 7:10). O poder do Espírito Santo, que produz convicção, conduz ao verdadeiro arrependimento, tão certo quanto o faz a benignidade de Deus (Rm 2:4).
b) A base justa
Falar da salvação no sentido de efetuar a libertação é chamar atenção ao conceito da redenção e ao pagamento de um resgate, que já mencionamos resumidamente. As Escrituras provam que o homem é um escravo na servidão do pecado, e a experiência universal concorda com este fato. Para se obter uma libertação como a que estamos contemplando, um resgate precisa ser pago. O pecado tem levado o homem à extremidade de falência moral com uma dívida incalculável, por assim dizer, para com seu Criador e Deus. Para que esta vasta incumbência seja removida e o pecador seja libertado da sua opressiva responsabilidade final, todas as exigências da justiça de Deus precisam ser satisfeitas. Este aspecto da salvação, de redimir, resgatar, pagar o preço ou comprar de volta, é encontrado em três palavras usadas no Novo Testamento. Em Efésios 1:7, está escrito: ―Em quem [Cristo] temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas‖. A mesma verdade é enfatizada nas palavras do Senhor Jesus em
Marcos 10:45: ―O Filho do Homem veio … para dar a Sua vida em resgate de muitos‖. Paulo esclarece mais, quando ele escreve: ―Fostes comprados por preço‖ (I Co 7:23). Estes versículos, entre muitos, declaram que o resgate é inegavelmente essencial e além de qualquer capacidade do homem; veja também o Salmo 49:7-8. Só Deus pode resgatar. No assunto do pecado do homem, as palavras de Hanameel ao seu sobrinho Jeremias: ―tens o direito de resgate para comprá-la‖ (Jr 32:7), só podem ser aplicadas a Deus. A vastidão insuperável da dívida do homem e a Quem é devida, é ilustrada na parábola dos devedores, proferida pelo Senhor em Mateus 18. O credor, na parábola, é chamado de ―o Senhor do servo‖, que, ―movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida‖ (v. 27). Tais palavras só podem ser aplicadas a Deus. É isso que o Senhor Jesus faz quando Ele diz: ―Assim vos fará meu Pai celestial‖ (v. 35). O Deus contra Quem o homem tem uma dívida é Aquele que ―quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade‖. Neste mesmo contexto, é afirmado que há ―um só Medidor entre Deus e o homem‖, que ―se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo‖ (I Tm 2:5-6). Obviamente, então, a salvação, nos seus detalhes, inclui a idéia de um resgate sendo pago para conseguir a libertação dos cativos do pecado. Ela mostra as portas da prisão do devedor sendo abertas amplamente, para que todos que aceitam a oferta Divina possam sair de graça (veja Is 61:1 e Lc 4:19).
c) A motivação divina
O pecado constitui o homem como um ―inimigo de Deus‖. Na epístola aos Colossenses, Paulo, lamentando a influência maligna das ―filosofias, e vãs sutilezas, segundo as tradições dos homens, segundo os rudimentos do mundo‖ (2:8), lembra os salvos que ―vós também … noutro tempo éreis estranhos, e inimigos no entendimento pelas vossas obras más‖ (1:21). A inimizade natural dos homens contra Deus é o resultado da natureza vil que herdamos do nosso primeiro antepassado. Isso é agravado pela ―lei dos mandamentos‖ (Ef 2:15). Esta afirmação, no seu contexto, tem a ver com as ordenanças que antes separavam os judeus dos gentios, mas que agora foram abolidas por Cristo na Sua morte. No entanto temos muitas provas em outros lugares de que os homens ―odeiam a luz‖, e temem as qualidades reveladoras da Palavra de Deus (Jo 3:20). Para gozar de um relacionamento correto e feliz, inimigos precisam ser incondicionalmente reconciliados. Em dar o Seu Filho à morte de cruz Deus tem, em infinito amor, providenciado os meios pelos quais ―não fique banido dele o seu desterrado‖ (II Sm 14:14).
Devemos notar aqui que a causa da inimizade é encontrada na humanidade, e que a atitude de Deus para com todos os homens está resumida na mensagem de reconciliação. Esta mensagem, estendida aos povos de todos os tempos, climas, línguas e classes é ―que vos reconcilieis com Deus‖ (II Co 5:20). Este é o apelo constante feito pelos pregadores do Evangelho, motivados por um amor infinito. Por causa da obra da reconciliação realizada pelo Senhor Jesus Cristo, todos os homens estão incluídos no convite e têm a possibilidade de serem salvos. Infelizmente, por causa da incredulidade, nem todos serão salvos. As palavras ―salvação‖ e ―reconciliação‖ são encontradas juntas também em Romanos 5:9-10. Como pecadores crentes em Cristo, fomos ―justificados‖ pelo sangue de Cristo; ―seremos salvos da ira [futura] por Ele‖, e quando éramos ―inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte do Seu Filho‖. Este plano misericordioso depende inteiramente do amor de Deus. ―Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores‖ (v. 8); e ―em amor‖ Ele ―nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade‖ (Ef. 1:4-5).
3. Descrevendo a obra da salvação
a) O meio misericordioso
Em contraste total com a graça de Deus está o pecado corrupto e depravado do homem. Sabemos muito bem que o homem é capaz de fazer o bem ao seu próximo, até mesmo sem qualquer interesse próprio, mas também é muito claro que ele não pode fazer nada para merecer o favor de Deus e obter dEle a salvação. Quando o povo de Cafarnaum Lhe perguntou: ―Que faremos para executarmos as obras de Deus?‖, o Senhor Jesus respondeu: ―A obra de Deus é esta: que creiais naquele que Ele enviou‖ (Jo 6:28-29). As Escrituras consistentemente afirmam que a salvação é conferida somente na base da fé: ―Creu Abraão em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça‖ (Rm 4:3); ―Porque pela graça sois salvos, por meio da fé‖ (Ef 2:8). Trazendo o assunto à sua conclusão, Pedro acrescenta: ―alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas‖ (I Pe 1:9). Nem o arrependimento, nem as orações, nem o desejo humano podem efetuá-la. Somente a fé salva, e o objetivo da fé salvadora é que ―Deus enviou Seu Filho para ser o Salvador do mundo‖ (I Jo 4:14). O meio escolhido por Deus para providenciar a salvação foi ilustrado e profetizado durante séculos, antes da vinda do Senhor Jesus, provando que este plano não foi de modo algum um plano posterior de Deus, ou um plano de emergência, forçado pelas circunstâncias. As revelações cumulativas de que uma morte seria necessária para satisfazer todas as santas exigências de Deus, e que ao mesmo tempo manifestaria o Seu maravilhoso amor, foram concretizadas na dádiva de Deus do Seu Filho. ―Deus enviou … Seu Filho ao mundo …‖ (Jo 3:17). O significado verdadeiro das figuras e profecias é que a morte necessária para a salvação seria a morte do próprio Filho de Deus. Ele é designado ―o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo‖ (Ap 13:8). A morte do Senhor Jesus em prol de todos é o meio maravilhoso de Deus de garantir a salvação dos muitos que crêem.
Nenhum anjo meu lugar podia ter tomado; Mesmo que tivesse o principado. Ali na cruz, desprezado e desamparado; Estava Um da Divina Trindade”.
J. M. Gray (tradução literal)
E também cantamos nas palavras de Isaac Watts:
Amor tão maravilhoso, tão divino, Merece meu coração, minha vida, e meu todo. (tradução literal)
b) O alcance universal
É surpreendente como muitas pessoas instruídas e capacitadas, no seu zelo para limitar o alcance da salvação obtida, não vêem a sua inconsistência ao dar interpretações diferentes às mesmas palavras, para assim reforçar a sua própria opinião. Um destes chega a dizer: ―A Bíblia frequentemente usa as palavras mundo e todos num sentido limitado‖, e conclui dizendo: ―É claro que todos não são todos‖. Um antigo e sábio dizer mostra o erro neste tipo de pensamento: ―Se a Bíblia não quer dizer o que diz, então ninguém pode dizer o que ela quer dizer!‖ Quando Paulo escreve que ―todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus‖ (Rm 3:23), ou quando João escreve: ―o mundo inteiro jaz no maligno‖ (I Jo 5:19), e todo mundo aceita que nenhuma restrição deve ser colocada nestas palavras, como pode uma exposição ser considerada sadia quando ela coloca limites a palavras idênticas usadas pelo próprio Senhor Jesus, e por alguns dos apóstolos? Num livro escrito perto do final da era apostólica, e aparentemente dirigido a leitores gentios, não faz sentido registrar as palavras do Senhor: ―Porque Deus amou ao mundo …‖ se estas palavras não significam exatamente o que dizem! Quando Paulo escreveu: ―Cristo … morreu a seu tempo pelos ímpios‖
(Rm 5:6), o contexto era sobre a afirmação legal de que ―não há justo, nem um sequer‖, e ―todo o mundo … seja condenável diante de Deus‖ (Rm 3:10,19). Paulo não queria dizer que Cristo morreu por alguns dos ímpios! Também, quando o Senhor Jesus enviou Seus discípulos, a ordem foi: ―Ide a todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura‖ (Mc 16:15). É inacreditável que o Senhor daria esta comissão se Ele soubesse que os benefícios da Sua morte recente não estavam disponíveis a todos a quem os discípulos foram enviados.
Estas Escrituras, e muitas outras, afirmam que é necessário crer que o Evangelho, em todo seu grande poder, é oferecido a todos, sem limite. A versão JND expressa esta verdade com clareza: ―Mas, não será o ato de favor como foi a ofensa? Porque se pela ofensa de um os muitos têm morrido, muito mais tem a graça de Deus, e o dom gratuito em graça, que é pelo um Homem Jesus Cristo, abundado aos muitos … assim então como foi por uma ofensa para a condenação de todos os homens, assim também por uma justiça para todos os homens para a justificação de vida‖ (Rm 5:15, 18).
Embora reconheçamos que nem todos serão participantes da ―tão grande salvação‖, temos que insistir que a salvação é oferecida e está ao alcance de todos os homens, sem limite. É a vontade de Deus que a morte de Cristo deveria prover a salvação para todos os homens e fornecer a salvação a todos os que crêem. A onisciência de Deus engloba o fato que devido à incredulidade rebelde, muitos permanecem destituídos de todas as bênçãos que a salvação traz. Concordando com isso, não por causa disso, o Senhor se certifica de que alguns, ―compelidos‖ pela graça, virão a participar da grande ceia preparada (Lc 14:16-24). Assim, ―o propósito de Deus, segundo a eleição‖, permanece firme (Rm 9:11).
c) Os termos incondicionais
É tão comum, em muitos lugares, pensar que as boas obras são uma parte essencial para se obter a salvação, que isto se torna aceito sem qualquer questionamento. Alguns afirmam que é isto que as Escrituras ensinam, e dizem: ―As bênçãos eternas no Céu são a recompensa pelas boas obras realizadas nesta Terra‖. Para apoiar esta crença falsa, palavras das Escrituras que não estão relacionadas com a obra inicial da salvação da alma são muitas vezes usadas — versículos como Filipenses 2:12 (―operai a vossa salvação com temor e tremor‖) e Romanos 2:6-7 (―O qual recompensará cada um segundo as suas obras; a saber: a vida eterna aos que, com perseverança em fazer o bem, procuram glória, honra e incorrupção‖). Em vista das muitas Escrituras que especificamente negam que obras, por si mesmas ou em conjunto como ritos e credos, possam dar a salvação, continuar a crer nisto é aceitar que a Bíblia é um livro muito inconsistente. No contexto exato onde Paulo insiste que é a graça de Deus que traz a salvação a todos os homens, e que não é ―pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia‖, que Deus nos salvou, ele também enfatiza que tais salvos são ―um povo especial [comprado], zeloso de boas obras‖ (Tt 2:13-3:5). É óbvio que colocar boas obras como uma condição para se obter a salvação não se sustenta debaixo de investigação, e que os textos oferecidos como provas devem ter outras interpretações, como têm. Na igreja em Filipos surgiram problemas evidentemente de natureza pessoal. O apóstolo, estando ausente naquele tempo, encoraja os crentes a resolverem estas diferenças e colocar as coisas em ordem com temor e tremor. Como crentes ele os chama, não a procurar merecer a salvação por meio de trabalho, mas a imitar o grande exemplo do seu Senhor e Salvador, que Se humilhou e foi obediente até a morte de cruz. Mais ou menos no mesmo tempo, escrevendo a Tito, o contexto da sua exortação é o caráter moral dos cretenses, que deixava muito a desejar. Os habitantes da
ilha de Creta, que creram em Cristo, pela fé, são lembrados de que se espera uma grande mudança no comportamento de cada um deles.
―Crê no Senhor Jesus e serás salvo‖ (At 16:31); ―para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna‖ (Jo 3:15). Dezenas de Escrituras, todas afirmando a mesma coisa, poderiam ser citadas aqui mostrando, sem medo de contradição, que a salvação é obtida, simplesmente, plenamente e totalmente por uma única condição; isto é, fé no Senhor Jesus Cristo como o único Salvador dos pecadores.
4. Detalhando os resultados
a) A provisão maravilhosa
De todos os temas interligados relacionados à salvação, os mais fundamentais são: o arrependimento, o perdão dos pecados, a reconciliação e a justificação. Atos 20:21 revela quão intimamente o arrependimento está associado com a fé. O testemunho de Paulo, tanto a judeus como a gregos, era ―o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo‖. O arrependimento é uma mudança completa da mente em relação a Deus, a si mesmo, ao pecado e ao juízo. É absolutamente necessário para a salvação, como parte intrínseca da ―fé para com Deus‖. Realmente, um não pode ocorrer sem o outro. O perdão dos pecados apresenta o pecador acusado e convicto com uma ―cédula riscada‖ (Cl 2:14), enquanto a justificação lhe dá uma posição completamente nova aos olhos de Deus. Na sua grande epístola judicial, a carta aos Romanos, o apóstolo Paulo apresenta o homem como tendo rebelado contra a revelação que Deus lhe deu, seja pela natureza ao seu redor, ou pela comunicação especial das Santas Escrituras. Isso, por necessidade, contém também uma rejeição de uma das principais afirmações divinas: ―Deus se manifestou em carne‖ (I Tm 3:16), na Pessoa do Seu Filho, o Senhor Jesus. Na mesma carta aos Romanos ele também expôs o homem como corrupto em pensamento, palavras e atos, e as raízes de tal comportamento voltam até Adão, o primeiro homem. O veredicto do qual não se pode escapar é registrado, em 3:19, em palavras inegavelmente claras, e que já mencionamos: ―Toda a boca … fechada, e todo o mundo seja [ou declarado] condenável diante de Deus‖. Temos que enfatizar aqui também que a culpa do homem é tal que somente o perdão divino pode limpar a conta. Embora isso seja visto nos escritos dos profetas, o Senhor mesmo se manifestou como ―um Deus rico em perdoar‖ (Ne 9:17 e Is 55:7). O perdão dos pecados não apaga o crime original. Isto é um fato histórico, mas o perdão cancela o registro para que a responsabilidade final não seja mais imputada ao pecador. ―Outro‖ tomou o seu lugar e assumiu aquela divida como se fosse dEle mesmo.
Da mesma forma, a justificação precisa ser considerada como parte indivisível do processo da salvação. O perdão dos pecados, que acabamos de considerar, é o outro lado da moeda. Se, por um lado, o homem é declarado inocente, por outro ele é declarado como tendo uma posição justa diante de Deus, o que também lhe dá aceitação com Deus. A justificação em si não torna o crente justo, mas o considera, ou julga, assim. Antes de chegar à sua grande declaração em Romanos 5:1 (―tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo‖), Paulo usa a expressão ―imputar‖ ou ―levar em conta‖, mais ou menos dez vezes (veja Rm 4:3-24). Em cada uma destas ocasiões a expressão poderia ser traduzida: ―creditado‖. Este fato enfatiza o que já foi afirmado. Este aspecto da salvação é uma afirmação jurídica de que o pecador que creu teve todas as suas acusações quitadas, e agora ele é declarado absolutamente justo pelo próprio Deus da Santidade. Por causa da morte do Senhor Jesus Cristo em prol do pecador, Deus pode eternamente fechar a conta do pecado do crente, e sem qualquer injustiça, declarar que Seus filhos, um e todos, são justos diante
dEle. Esta é a bondosa e maravilhosa provisão que Deus fez para o pecador, ao entregar o Seu Filho à morte de cruz.
b) As exigências rigorosas
A salvação é o dom gratuito de Deus, mas a salvação não é sem preço. Ela tem exigências que não podem ser ignoradas. Não existe uma doutrina dizendo que podemos continuar em pecado, para que a graça abunde, como lemos na pergunta retórica de Paulo, e sua resposta, em Romanos 6:2. Isso pode ser entendido corretamente quando lembramos que a salvação tem três aspectos, passado, presente e futuro. As Escrituras apóiam esta bem conhecida verdade. Em pelo menos três ocasiões nas cartas aos Coríntios, Paulo fala daqueles que já são salvos: ―a palavra da cruz … para nós que somos salvos, é o poder de Deus‖; ―o evangelho … pelo qual sois salvos‖ (I Co 1:18; 15:2-3). ―Porque … somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam‖ (II Co 2:15). De igual modo a fase presente da salvação é mencionada até com mais frequência. Encontramos um exemplo muito importante disto na carta aos Efésios, que é uma carta que descreve a riqueza espiritual possuída por todos os crentes em Cristo. Ligado às riquezas concedidas pela graça há muitas referências ao andar diário do salvo, e neste contexto as palavras de 4:1 e 17 são notáveis: ―Rogo-vos … que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados‖, e ―digo isto, e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios‖. Também não faltam palavras sobre o aspecto futuro e perfeito da salvação. Paulo estimula os santos romanos a reconhecer ―que já é hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé‖ (Rm 13:11). Em relação às recompensas para os servos de Deus notamos que infidelidade trará perda, mas o servo ―será salvo; todavia como pelo fogo‖ (I Co 3:15). A salvação, propriamente dita, é o dom gratuito de Deus, a possessão da qual sempre produz uma mudança notável na vida daquele que professa tê-la recebido. As exigências da salvação são tais que, onde a evidência prática estiver ausente, esta profissão nada mais é do que uma anomalia. Nós que pertencemos a Cristo pelo direito da redenção devemos andar de tal modo que a imagem de Cristo seja refletida em nós. Salvação não é somente salvação da penalidade do pecado, mas o salvo conhece também uma libertação progressiva do seu poder.
c) A consumação gloriosa
A obra da salvação é tão gloriosa que inclui todo o empreendimento remidor de Deus para livrar os homens do seu estado pecaminoso e culpado e apresenta-los, finalmente, ―irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória‖ (Jd v. 24). Deus ainda não terminou com Seu povo! Um dia radiante de glória ainda está por vir! No presente, estes nossos corpos físicos estão constantemente sujeitos às táticas invasoras do pecado e, lamentavelmente, tal é a nossa natureza fraca que frequentemente cedemos. O idoso João disse que seu motivo em escrever sua primeira epístola era ―para que não pequeis‖ (2:1). Desde o novo nascimento e o recebimento do Espírito Santo, o salvo não tem nenhum incentivo para pecar, no entanto ele ainda peca. Esta mesma carta nos traz à memória que a nossa comunhão com Deus o Pai é mantida pelo sangue purificador do Senhor Jesus e pela confissão e abandono do pecado. Temos um Advogado com o Pai, nosso Senhor Jesus Cristo: ―E ele é a propiciação pelos nossos pecados‖ (2:1-2). Por isso, o salvo tem mais razão ainda para almejar ardentemente o tempo quando ele terá terminado para sempre com o pecado em todas as suas formas. Todos os salvos naquele dia bendito serão trazidos ao completo ―conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo‖ (Ef 4:13). ―Esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido para ser conforme o seu corpo glorioso [corpo de glória]‖ (Fp 3:20-21). Naquele tempo o Senhor Jesus
―aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação‖ (Hb 9:28). Por enquanto toda a criação geme, esperando ser libertada da escravidão da corrupção causada pelo pecado. ―E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo. Porque em esperança fomos salvos‖ (Rm 8:20-24). Então se ouvirá ―uma grande voz de uma grande multidão‖, trovejando em todo o universo e dizendo: ―Aleluia! Salvação, e glória, e honra, e poder pertencem ao Senhor nosso Deus‖ (Ap 19:1).
Nós, que estamos gozando das bênçãos de ―tão grande salvação‖ acrescentamos as nossas vozes àquele coro celestial, com as palavras do hino escrito por Muir:
Como amamos cantar do Senhor que morreu, E Seu grande amor proclamar; Falando de vida e paz pelo Crucificado, E salvação pelo Seu nome.
Salvação! Salvação! Vasta, plena, gratuita; Pelo sangue precioso do Filho de Deus Que foi morto no Calvário. (tradução literal)

sábado, 14 de julho de 2012

Os obscuros pecados dos sucessores de "SÃO PEDRO"...


O Papado na Idade Média


Habemus Papam. Essa notória frase é falada pelo cardeal protodiácono (o cardeal mais velho entre todos do colégio de cardeais) todas as vez que um conclave termina. Do latim para o português significa “Temos Papa”. Ao anunciar isso da sacada da Basílica de São Pedro, um novo pontificado entra em ação, e com isso, começa a mover novas forças político-religiosas no tabuleiro mundial. 
 Se estudarmos profundamente a Igreja na História e seus diversos acontecimentos, veremos que ela foi de uma importância grandiosa. No comando dessa antiga organização, fica o papado. Reza a lenda que de acordo com o que está escrito em Mateus 16: 18-19, Cristo deu a Pedro as chaves do céu, sendo assim o fundador da Igreja de Cristo. Quando Pedro morreu em 67 d.C., ele e os outros discípulos já teriam levado os ensinamentos cristãos a lugares nunca antes alcançados. Como fundador, ele é considerado historicamente, o “pai dos papas”. No entanto, essa igreja com poderes ilimitados que estudamos durante a Idade Média ainda não existia. Alguns historiadores dizem que Pedro se quer esteve em Roma e que nunca foi líder de Igreja alguma. Apenas um discípulo e nada mais que isso.
 
Os cristãos primitivos eram pobres e perseguidos. Nada era fácil numa época em que pagãos se transformavam em cristãos. A Igreja Católica no começo não era nada, e os que eram adeptos ao cristianismo faziam suas “rezas” em suas próprias casas. O clero vivia de doações. Nada era de ouro. Ninguém tinha poder algum. Porém, o cristianismo começou a se expandir, e se expandiu de uma determinada forma, que após o Concílio de Nicéia, organizado por 280 bispos e o imperador Constantino I, no ano de 325 d.C., ele passou a ser uma ordem e não mais uma opção. (Lembrando que Constantino liberou o culto e, mais tarde, Teodósio I oficializou-o como religião do império). Agora não tinha como voltar atrás. As cidades europeias precisavam de seus padres e de seus bispos e Roma de seus cardeais e arcebispos. 
 
Cada concílio, novos dogmas. Cada papa, mais poder. O suposto e forjado documento conhecido como "Doação de Constantino" ajudou a fortalecer ainda mais esse suposto poder atemporal. E as terras entregues pelo rei bárbaro Pepino, o Breve, fechou o "combo papal" com chave de ouro. Antes de falecer, no ano de 867 d.C., o papa Nicolau I alcançou a supremacia total do papado e em 1059 foi oficialmente criado o Colégio de Cardeais. Leão I continuou fortalecendo a monarquia cristã ideologicamente e, mais tarde, Gregório VII também foi maestral ao pregar um sermão dizendo que a Igreja nunca falha e que os príncipes devem beijar os pés do papa. Os vigários de Cristo ao longo da História mudaram os rumos tanto do Ocidente quanto do Oriente. E o começo já foi conturbado, tudo graças as Cruzadas, no ano de 1096.
 
Quando o papado já estava no comando de "tudo", o papa Urbano II suplica para que cavaleiros cristãos, em nome de Deus, marchem até o Oriente e detenham os muçulmanos de sua expansão. Durante quase três séculos de incansáveis batalhas, finalmente as Cruzadas tinham cessado. Nesse meio tempo, o papa Gregório IX implantou a Santa Inquisição e Inocêncio III a complementou com práticas de torturas macabras. Estipula-se que a quantidade de judeus que morreram nas fogueiras do Santo Ofício, não chegou nem perto do bárbaro Holocausto de Adolf Hitler. Mulheres eram confundias com bruxas macabras e destripadas vivas, homossexuais eram esquartejados violentamente, hereges eram queimados sem dó nem piedade. Foi algo brutal, tudo em “nome de Deus”. Os papas eram como reis e o papado controlava, sem sombra de dúvidas, os cinco pilares da História (artigo do dia 28/1). A Inquisição só iria ser oficializada um pouco mais tarde, durante a modernidade.
 
Bom, você precisa ter em mente que o papado na era medieval, na renascença e durante a era moderna, era e é como um determinado governo: cheio de altos e baixos, corrupções e benevolência, amor e ódio, pudor e orgia. Um bom exemplo disso foi João Paulo II, uma alma caridosa que hoje descansa em paz, porém, junto com outros papas que podem ser considerados piores que o próprio demônio. Um desequilíbrio extremo, podemos assim concluir.
 
Guerreiros, ambiciosos, polígamos, infiéis, mafiosos e conspiradores: como o resto dos meros mortais, os Papas do passado sucumbiram às tentações da carne e suas vidas não recordam em nada a imagem da "santidade" que se tenta dar aos pontífices atuais.

Às vésperas de os 115 cardeais se reunirem a portas fechadas para eleger o sucessor de João Paulo II, multiplicam-se as histórias sobre os Papas que subornaram, enganaram e, inclusive, mataram para ocupar o trono de Pedro.

É sabido que os Papas João XIX e Alexandre VI, chamado de Papa Bórgia, pagaram uma fortuna por sua nomeação.

Mais astuto, Sixto V fingiu estar doente para que os cardeais, desejosos de um pontificado curto, o elegessem papa no final do século XVI, cargo no qual se manteve durante muitos anos com um vigor inusitado.

Lenda ou realidade, essas histórias mostram que a figura do Papa foi se forjando com a passagem dos séculos exclusivamente pela mão do homem, já que, na Bíblia, não existe qualquer referência sobre a forma com que os pontífices devem ser eleitos ou a vida exemplar que deveriam levar.

O próprio Pedro, escolhido por Jesus Cristo na suposta tarefa de "edificar a Igreja", era pescador, homemsimples que deixou tudo para seguir seu mestre, mas que teve, ao que parece, ao menos uma filha. A partir daí, as histórias ganham contornos bem menos honrados.

Alexandre VI envenenava sistematicamente os Cardeais, teve nove filhos ilegítimos e, inclusive, cometeu incesto com sua filha Lucrecia bórgia.

Adriano II foi nomeado Papa apesar de ser casado e ter uma filha. Ambas (Mulher e filha) foram posteriormente decapitadas.

Estevão VI, Papa de 896 a 897, fez com que um de seus predecessores, Formoso, fosse exumado para julgá-lo post-mortem, mutilar seu cadáver e jogá-lo no Rio Tiber.

A lenda conta também, que uma mulher ocupou o trono de Pedro no século X. Trata-se da Papisa Joana, que se fez passar por homem e foi eleita como João VIII. Segundo alguns, morreu dando à luz, em meio a uma procissão em que a multidão a apedrejou, revoltada com a mentira.

Durante a Idade Média, quase nenhum Papa morreu de morte natural e a maioria sucumbiram em guerras, envenenados, mortos de fome na prisão, queimados vivos, apunhalados ou apedrejados.

Outros tiveram mortes mais curiosas e terrivelmente banais: Benedito XI morreu em 1304 comendo figos que lhe foram presenteados e Pedro II, em 1471, por uma indigestão causada por melões.

Os conclaves também estão cheios de histórias e anedotas.

O nome dessa reunião nasceu no século 13, quando os cardeais se reuniram na cidade italiana de Viterbo durante três anos, sem conseguir chegar a um acordo. Cansados de esperar, os fiéis e as autoridades os trancaram com chave ("cum clave" em latim) e começaram a cortar o fornecimento de comida. Mortos de fome e de frio, escolheram logo Gregório X, em 1271. 

veja mais:  http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_papado

terça-feira, 10 de julho de 2012

O Arrebatamento da Igreja do Senhor Jesus Cristo...

O Arrebatamento da Igreja

A palavra arrebatamento, em sua raiz grega, significa retirar um objeto com força e rapidez inesperada [1]. O arrebatamento será uma retira da Igreja, de modo brusco, sobrenatural e sem prévias. A Igreja se unirá com Jesus Cristo para todo o sempre, mediante a ressurreição dos santos e o arrebatamento dos vivos.

Escrevendo sua primeira missiva aos Tessalonicenses (4.13-18), o apóstolo Paulo apresenta a seqüência do arrebatamento: 1) O Senhor descerá do céu; 2) Os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; e 3) Os vivos no Senhor serão arrebatados.

Milhares de pessoas por toda a parte estão sendo despertadas para esse fato solene e bendito, e ainda que os "escarnecedores" dos últimos tempos estejam perguntando: "Onde está a promessa da Sua vinda?" (2 Pe 3:4) e o mau servo diga no seu coração: "O meu Senhor tarde virá" (Mt 24:48), mesmo assim "O que há de vir virá, e não tardará" (Hb 10:37), " O Filho do homem há de vir à hora em que não penseis" (Mt 24:44).

No espírito do povo de Deus, por todo o mundo, há uma convicção crescente e certíssima - convicção baseada nas verdades da Palavra divina - de que a história da Igreja na terra está prestes a findar; e que o Senhor Jesus está para vir para levar a Sua noiva para a casa do Pai.

Leitor, estás já compenetrado da realidade deste solene assunto, e do que ele significa? Se não estás ainda, que o Espírito Santo se sirva destas linhas para despertar a tua preciosa alma: "Para que o Senhor não venha de improviso e não te ache dormindo" (Mc 13:36).
Tire um pouco do seu tempo e ouça esta mensagem  ele será de lembrete e edificação para sua vida:

segunda-feira, 9 de julho de 2012

O resultado da Reforma Protestante foi a divisão da chamada Igreja do Ocidente entre os católicos romanos e os reformados ou protestantes, originando o Protestantismo.


A Babilônia e suas filhas!


Em Apocalipse relata a existência de um sistema religioso que nos é identificado como Babilônia, A Mãe das prostituições. Ora, toda mulher para ser mãe precisa ter filhos, e quando às Escrituras Sagradas se refere em profecias à mulher entenda como igreja.
E na sua fronte estava escrito um nome simbólico: A grande Babilônia, a mãe das prostituições e das abominações da terra. Apocalipse 17: 5



Quem seria essas filhas da Babilônia? Talvez você nunca parou para refletir sobre este assunto! Quem tem essas características ou práticas ilícitas que denominam como filhas da Babilônia? Por termos um tempo determinado por Deus de vida, muitas das vezes não temos conhecimento de todos os acontecimentos até hoje.

Quando entregamos nossa vida ao Salvador, chegamos a um sistema religioso que já está condicionado, estruturado há muito tempo, e podemos notar com o passar do tempo mudanças radicais em suas raízes doutrinárias, como se o evangelho tivesse variações de tempos em tempos.

São-nos ensinadas “doutrinas” que criaram como verdade, impondo aos incautos ordenanças ditatoriais ameaçando de expulsão aos tais que assim não cumprissem. E hoje vemos essas “doutrinas” abandonadas por aqueles que as sustentavam com mão de ferro afirmando que os “rebeldes” estavam em pecados.

Quem seria essas filhas?

As igrejas evangélicas que existem nos nossos dias são oriundas das igrejas tradicionais centenárias aqui do Brasil, sendo estas oriundas dos Estados Unidos e países da Europa, que são ramificações da Reforma Protestante de Martin Lutero.

A Reforma Protestante Wikipédia

Foi um movimento reformista cristão iniciado no início do século XVI por Martinho Lutero, quando através da publicação de suas 95 teses, em 31 de outubro de 1517 [1] [2] na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, protestou contra diversos pontos da doutrina da Igreja Católica, propondo uma reforma no catolicismo. Os princípios fundamentais da Reforma Protestante são conhecidos como os Cinco solas.[3]

Lutero foi apoiado por vários religiosos e governantes europeus provocando uma revolução religiosa, iniciada na Alemanha, e estendendo-se pela Suíça, França, Países Baixos, Reino Unido, Escandinávia e algumas partes do Leste europeu, principalmente os Países Bálticos e a Hungria. A resposta da Igreja Católica Romana foi o movimento conhecido como Contra-Reforma ou Reforma Católica, iniciada no Concílio de Trento.

O resultado da Reforma Protestante foi a divisão da chamada Igreja do Ocidente entre os católicos romanos e os reformados ou protestantes, originando o Protestantismo.





A igreja evangélica é filha do Catolicismo, sendo assim, filha do sistema Babilônico mundial.


Se alguém cuida ser religioso e não refreia a sua língua, mas engana o seu coração, a sua religião é vã. A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção do mundo. Tiago 1: 26, 27

Pouquíssimas são às igrejas que praticam esses quesitos desse versículo de Tiago.

A igreja evangélica se tornou uma religião, como tal, separa o homem de Deus, com seus rituais pagãos e idolatria gospel, sejamos a igreja de Cristo nesta terra, pois a religião nos afasta do caminho da Graça.

Por Ronaldo Alves  
http://osremidosnosenhor.blogspot.com.br/2012/07/babilonia-e-suas-filhas.html

Postagens populares no Blog: